28 janeiro 2011

Do tempo

Então vais me queixar do passado como fardo pesado que levas e ouvirei muda como faca cravada no peito. Gritarei ao mundo, em silêncio, a minha dor, chorarás em meu colo a mágoa que agora me magoou. Pensarei em porquês pra tanta apreensão, meus pensamentos voaram aos céus em explosão de imaginação e de raivas cheias de repúdio pelo que não sei e nem quero saber, grata. Falarás compulsivamente olhando meus olhos entregues, chorarei descontente pela não plenitude da intensão de me curar a ferida com as palavras. Perguntarei a mim mesma o porque de estar aqui, julgarei tudo e vou temer mais uma vez o que quero saber mas não quero ouvir. Levarás tapas de minhas palavras ríspidas, levarei socos e pontapés dessa atual situação. Continuaremos aqui, apanhando até achar solução.

Camila Oaquim

1 comentários:

Lina Savle disse...

E que no final desta tormenta, os corações estejam livres e abertos para novas sensações, estas, menos dolorosas...


http://vocabulofotografico.blogspot.com/

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