27 janeiro 2011

Quando me chamas

Quando me chamas não sei se me queres mais perto ou se devo parar,
e quando me matas com os olhos devoro-te toda, minimamente.
Quando te mostras de todo me curvo a teu corpo pra te apreciar,
quando me olhas calada suspiro do amor descabido alojado em mim.

Enfeites na prateleira são detalhes tão esquecidos de todos,
é tanta bobeira, é tanta besteira, o que nos restou perguntamos a nós,
e o que nos restou, amor, foram nossos amores unidos a sós.

Marcas do tempo invadem o corpo cansado querendo ficar,
nino meu sono em teu colo e desmancho-me em pranto silencioso.
Às brigas mais irritadas o medo acanhado de nos ausentar,
os dias que nos engrandeceram lentamente fizeram-nos a soma.

Quando te grito nas brigas por verdades inteiras a me matar
não sei se corro à teus braços ou se dou meia volta ao rumo de casa.
Quando, nessa intensidade de coisas, beijo-te com pressa e sem soltar
mil anjos perdoam-me a raiva que tive de ti e de mim aos teus pés.

Zodíaco e astros, planetas em órbitas e tudo o que acreditas,
não interferem em nada, para mim, pra que as coisas fiquem assim,
tu me amando e eu te implorando, tu do ladinho de mim.

Camila Oaquim

1 comentários:

Anônimo disse...

Versos longos. Gostei do ritmo.

=]

Beijo!

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