09 fevereiro 2011

Da queda ao gelo

Sabe-se que sentiu mais do que devia,
que o carinho afogou o cérebro no sangue
que corria peito a fora, escorria, sorria,
sangue pisado que secou ao Sol, só.

Ajoelhando em pedras pontiagudas
vendo o fim, correndo rumo à miragem,
compreendendo e sentindo facadas,
solitário, sentiu a dor de ficar, só.

Sabe-se que a lágrima seca sempre,
que sorrir de novo é possível sim,
pulou do abismo e morreu feito gente
que não aguenta o fardo que leva, só.

Culpando o mundo pela injustiça
perguntando quem não viu,
julgando quem não sentiu,
sentindo a dor de um mundo frio...

Um mundo frio, um mundo frio...
caindo mais uma vez como anjo sem asa
como pessoa desamada chegando ao solo,
congelando, congelan... conge... congelou!

Camila Oaquim

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