tag:blogger.com,1999:blog-47970853068127870492024-03-13T20:51:09.357-07:00Pedaço de mimAqui acreditamos na saída..
na esperança, no amor e na vida! ♪Camila Oaquimhttp://www.blogger.com/profile/02995399641035722504noreply@blogger.comBlogger207125tag:blogger.com,1999:blog-4797085306812787049.post-40810368483824020012014-05-16T07:46:00.001-07:002014-05-16T15:19:23.522-07:00Alguém João gostava de mulheres cultas, não tão magras mas jamais com peso em excesso. O linguajar cotidiano da maioria de outro nível social que não o dele ou daquele que, para ele, se classificava como superior lhe causara sempre uma repulsa contida.<br />
Por infinitas vezes teve casos com mulheres que julgara ser seu tipo. Pobre João, seu relacionamento mais longo, se é que se pode denominar aquilo relacionamento, foi de pouco mais de quatro meses.<br />
Não se pode dizer que por isso João passou a ser uma pessoa desacreditada. Cabreiro, sim. Sua lista de exigências para a possibilidade de um futuro flerte cada vez se prolongava mais nas linhas de seu caderno de críticas imaginário.<br />
Seus amigos que, se não casados já se encontravam a poucos passos disso, indagavam-lhe o por quê de tantas precauções. João não sabia responder, também não mudava, sempre achou arriscado demais dar a cara a tapa assim. Se com tantas exigências teve seus quatro meses tão sofridos, que diacho de vida levaria se abrisse a guarda para alguém com padrões que não os esperados por ele. O que João não sabia é que o acerto às vezes vem de sucessões de erros.<br />
Alguns dias podem não ser como esperávamos, mas aquele dia para João a cada minuto se tornava pior. Após baterem em seu carro no meio de um trânsito infernal e ter de esperar horas até conseguir resolver tudo, finalmente pôde voltar pra casa de metrô.<br />
Duas coisas que detestava, uma ainda mais que a outra. Seu carro e seu emprego lhe eram sagrados, assim como suas exigências rebuscadas quando tratava-se de mulheres.<br />
Mas foi assim, no meio de uma estação lotada a espera de um metrô que, por contraditória sorte, encontrava-se com o ar condicionado quebrado, que João conheceu Ana. Não alta mas não tão baixa, um pouco acima do peso e sem nenhum dos atrativos que chamariam a atenção dele. E por mais contraditório ainda que seja, foi assim que uma mulher pela primeira vez desde seu grande fracasso pessoal relacionado ao amor fez João se ver realmente interessado em alguém.<br />
Vai João, não se afobe! Não há regra no mundo que nos restrinja a felicidade por esteriótipos ou linguajar. Vai, João! Que as cultas talvez já saibam demais para ter que aprender a lhe amar.<br />
<br />
<b><i>Camila Oaquim</i></b>Camila Oaquimhttp://www.blogger.com/profile/02995399641035722504noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4797085306812787049.post-66270177723355503072014-05-06T04:22:00.001-07:002014-05-06T13:31:15.411-07:00RapazQueres mas não buscas,<br />
Choras e estagna<br />
O que houve, rapaz?<br />
Não sufoques a menina!<br />
<br />
Há pranto excessivo<br />
Mil palavras sem motivo<br />
Há juras descabidas<br />
Para verdades tão sentidas<br />
<br />
Há raiva desmedida<br />
Mil medos sufocados<br />
Será que nao percebes, rapaz<br />
Que ela também sofre um bocado?<br />
<br />
Pois queres mas não mudas<br />
Impõe-se pessimista<br />
Ela queria, mas não pode<br />
Dizer que não desista!<br />
<br />
<b><i>Camila Oaquim</i></b>Camila Oaquimhttp://www.blogger.com/profile/02995399641035722504noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4797085306812787049.post-12254576122075636902014-01-07T15:54:00.003-08:002014-01-07T15:55:26.507-08:00Ver-te, verdeTalvez eu goste do seu jeito manso<br />
de invadir a minha vida de repente.<br />
Minha saudade, esvaindo aos poucos.<br />
tornou-se certeza do riso frouxo seu.<br />
Quem sabe assim, na minha camisa sua<br />
e no seu colo meu, não deva ser?<br />
Tornando da afeição ao meu passado errado<br />
um esquecimento nessa verde imensidão<br />
das vestes e dos olhos seus, tão meus!<br />
<br />
<b><i>Camila Oaquim</i></b>Camila Oaquimhttp://www.blogger.com/profile/02995399641035722504noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4797085306812787049.post-41497792964813950552013-11-02T16:24:00.000-07:002014-05-16T16:15:15.547-07:00Memórias PóstumasAmor que é de verdade não acaba, pequena. Vira fumaça instalada no pulmão ou pensamento esquecido no porão da memória. Se torna roupa fora de moda que insistimos em guardar na gaveta. Sim, meu bem, não há motivo para forçar algo que não é pra ser, mas num doce e profundo lugar no meu peito ainda guardo você.<br />
<br />
<b><i>Camila Oaquim</i></b>Camila Oaquimhttp://www.blogger.com/profile/02995399641035722504noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4797085306812787049.post-19564808514281431202013-04-22T18:35:00.000-07:002013-04-22T19:17:57.706-07:00Contínua<br />
<div class="MsoNormal">
Ah, desvia que eu me enrosco<br />
qual foi, qual é, minha menina!?<br />
Padeço e tu esquivas...<br />
eu tropeço, fazes graça.<br />
Cai de rir da minha desgraça.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Ah, eu não quero mais.<br />
Já me acostumei em ser assim,<br />
ver-te enroscar a outros<br />
meninos, rapazes, moços<br />
fazendo o esboço da cicatriz em mim.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Se achas graça, se fazes piada<br />
enquanto esqueço os olhos em ti,<br />
hei de fazer o que, meu bem?<br />
Rio em lágrimas, chove... chove...<br />
inundando cada detalhe teu aqui.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mordes que eu assopro,<br />
Assopras que me cubro de vontade<br />
de satisfazer essa vaidade<br />
tão distante do teu negado sim...<br />
sim, corres por fora e por dentro de mim.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Corres por dentro e por fora de mim... contínua.</span><br />
<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><br /></span>
<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><b><i>Camila Oaquim</i></b></span>Camila Oaquimhttp://www.blogger.com/profile/02995399641035722504noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4797085306812787049.post-25907089552573589822013-04-20T13:31:00.002-07:002013-04-20T13:31:10.957-07:00Breve desabafo do impossível<br />
<div class="MsoNormal">
Quis te olhar de perto, faltaram-me pernas.<br />
Quis dizer a ti mil coisas, esvaíram-se as palavras.<br />
Quis abrir para ti meu coração, trancou-se em chaves.<br />
Mas será que já não percebias que lhe amava?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Cuidaria de tuas pétalas, meu bem.<br />
Regaria tua manhã com mil sorrisos.<br />
Daria a ti tanta atenção quanto preciso.<br />
Não te esquecerias em uma página de livro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Ainda é cedo, amor<br />
E já invades meu peito assim...<br />
Será que seria muito cedo também<br />
Para te achares em mim?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><b><i>Camila Oaquim</i></b></o:p></div>
Camila Oaquimhttp://www.blogger.com/profile/02995399641035722504noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4797085306812787049.post-75138429774786008742012-11-10T18:33:00.000-08:002018-04-04T20:35:48.235-07:00De volta à felicidade ou de volta ao erro?<span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "helvetica neue" , "helveticaneue" , "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px;"> Então o tempo passa, algumas coisas voltam pro lugar e outras se encaixam de uma nova maneira que lhe faça sentir tão confortável quanto antigamente. Se sentir em casa de novo depois de um longo e cansativo dia, é essa a sensação. Mas poucos percebem que nossa casa é o lugar de onde não partimos, apenas saímos. Não, não há nada de ruim nisso, apenas se sentir de volta a casa é algo muito subjetivo. Apesar de sentir alívio e felicidade, em certas situações essa sensação pode querer dizer que estamos andando em círculos, sempre e sempre voltando ao mesmo lugar. </span><br />
<span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "helvetica neue" , "helveticaneue" , "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px;"> Devemos estar sempre dois passos à frente, ser donos de nós mesmos, ser certos até mesmo na escolha errada. Devemos muito e o tempo.. bem, o tempo nos cobra muito. Temo às vezes, muitas vezes. Talvez pelos meus sentimentos à flor da pele, pelos medos, mágoas e dúvidas. Talvez pelos mesmos sentimentos tentando me fazer acreditar nos mesmos romances batidos de finais felizes.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "helvetica neue" , "helveticaneue" , "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px;"> Sei, sei que sou dessas que constroem castelos belos de areia impulsivamente e depois por raiva do vento que ainda nem apareceu chuta e faz de tudo nada mais do que um bolo de areia. Cada um tem a sua maneira torta de voltar pra casa, de se sentir confortável ou com medo de se sentir assim, de deixar o tempo passar. Só queria conseguir sentir mais uma vez a sensação de estar chegando em casa sem me julgar por estar andando em círculos.</span>Camila Oaquimhttp://www.blogger.com/profile/02995399641035722504noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-4797085306812787049.post-38521613421695734842012-10-28T13:36:00.002-07:002012-10-28T13:36:29.871-07:00Bem, obrigada!<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'Lucida Grande', sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24px;"><span style="background-color: white;">E então percebemos que a felicidade nada mais é do que o prazer de remendar tudo o que a tristeza fez virar trapo. Felicidade é vestir a roupa dada como perdida e perceber que nada lhe cairia melhor.</span><br /><br /><b><i>Camila Oaquim</i></b></span>Camila Oaquimhttp://www.blogger.com/profile/02995399641035722504noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4797085306812787049.post-61974770819822394622012-10-18T19:01:00.004-07:002018-04-04T20:39:56.030-07:00O Adeus<br />
<div class="MsoNormal">
Enfim juntos. Compramos nossa casa, trocamos alianças e
passamos a dividir a mesma cama durante todas as noites. Acordávamos bem
cedinho, ele mais do que eu. Enquanto já estava acordado tomando banho eu
levantava, fazia nosso café da manhã e entre os mil beijos de bom dia que ele
me dava e o café com leite que fazia para ele do jeito que preferia – mais café
que leite – ele sorria e dizia que me amava antes de levantar para escovar os
dentes e ir para mais um dia de trabalho.<br />
Depois de sua partida quem ia era eu, tomava meu banho e ia ao trabalho. Também
chegava antes dele, então fazia o jantar enquanto via televisão me divertindo
com a programação humorística que na verdade só me fazia rir pela constante
falta de humor. Quando nem esperava ele abria a porta, sorria, sempre sorria. É
fácil escutar a sua voz dizendo “Boa noite, meu amor” se eu forçar um pouco a
memória.<br />
Os dias passaram, passaram os meses, os anos.
Os trabalhos cada vez mais cansativos e cobrando mais de nós. Tão
empenhado o meu rapaz, conseguiu um dos melhores cargos da empresa e apesar de
cada vez ter menos tempo estava radiante. Indo por outro caminho também disparei
no mundo dos negócios, só que agora eu tinha a liberdade de trabalhar grande
parte do tempo em casa.<br />
Cada vez me deixavam mais triste as suas partidas, eram tantas viagens de
negócios que ele tinha de fazer, tantas idas e vindas que o nosso simples café
da manhã aonde ele me jurava o amor que sentia passou a ser algo
extraordinário. Nem me lembro a ultima vez que fiz nosso jantar, não sabia mais
a programação da TV. Na época me falaram que tinha uma novela boa, todos
estavam assistindo, mas na verdade eu não sabia nem o nome. Estava tão entretida
com os meus conflitos, tão obcecada por ter de volta o que éramos antes que
nada mais me passava pela cabeça.<br />
Conversei com ele. Tão grande mas comigo parecia uma criança agarrada à saia da
mãe nas conversas sérias. Enquanto dizia que me amava eu retribuía a jura
tentando explicar que o problema não era o amor, era como estávamos levando -
ou deixando de levar - a nossa vida à dois. Ele prometeu ficar mais, não ir e
vir como se não tivesse alguém esperando. Eu acreditei, acreditei sim, até que
ele foi uma, duas... quatro vezes em menos de um mês. Presentes não
faltavam, telefonemas também não. Mas preferia a vida sacrificada que levávamos
antes.<br />
Lá ia ele mais uma vez, chorei quieta. Ele pareceu sentir também, chorou
enquanto dizia que voltava logo e que também sentia muito por tudo isso. Depois
do beijo de despedida ele foi. Despedi-me dele, da TV que não via mais, da
cozinha que há muito não precisava habitar diariamente e da casa aonde tive e
perdi meu grande amor. A aliança deixei na mesa em cima da carta que escrevi
dizendo que estava cansada de despedidas, e esse foi o último adeus que tive de
dar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i>Camila Oaquim</i></b></div>
Camila Oaquimhttp://www.blogger.com/profile/02995399641035722504noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4797085306812787049.post-86515639042928495802012-09-29T21:05:00.002-07:002012-09-29T21:17:11.453-07:00O longo Caminho Até Aqui<br />
<div class="MsoNormal">
Por quantos tropeços caí até aqui <br />
Em quantos nós me enrosquei dentro de ti<br />
Debrucei, chorei, agarrei-me com toda força<br />
Como uma moça sem pudor algum.<br />
<br />
Afobei-me em querer tua presença<br />
Tive tua mão aqui na saúde e na doença<br />
Empenhei-me, fui à cozinha, fiz teu café<br />
Como dona de casa, tua mulher!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E aos poucos que fui vendo...<br />
Tão aos poucos entendendo...<br />
Já era tua sem saber, sem crer ou entender.<br />
<br />
E aos poucos fui morrendo...<br />
Tão aos poucos renascendo...<br />
Cumplicidade vem do chão e vai crescendo...<br />
<br />
E vai crescendo...<br />
E de repente gera frutos, contorna arbustos, vira árvore.<br />
E vai crescendo, enraizando, deixando marcas.<br />
<br />
Em todas elas gravei-te em mim<br />
Tuas vindas e idas, teus choros sem fim<br />
Ficou apenas teu riso de satisfeito<br />
Com os erros meus, tua mulher sem defeito.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i><b>Camila Oaquim</b></i></div>
Camila Oaquimhttp://www.blogger.com/profile/02995399641035722504noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4797085306812787049.post-79411432909852121122012-09-09T10:27:00.000-07:002012-09-29T21:10:00.753-07:00Metalinguagem? Talvez, Palavra!<br />
<div class="MsoNormal">
Encontro-me aqui
novamente, desta vez tentando tapar aos poucos os diversos buracos causados por
minha ausência. Crescer não é tão
divertido quanto aparenta ser enquanto estamos sentados em frente à TV vendo a
sessão da tarde esperando incansavelmente para sermos adultos e podermos ser
iguais a algum daqueles super-heróis ou então grandes o suficiente para ter uma
daquelas paixões avassaladores de finais felizes.<br />
Apaixonei-me, tanto quanto os adultos dos filmes, e de maneira animalesca o
impulso por diversas vezes tomou conta de todo o meu ser que, felizmente ou
não, parecia a todo instante ter a consciência em forma de coração. Não me
arrependo de nada, não vejo motivos para tal desatino (desatino sim, como pode
alguém se arrepender de algo pelo que tanto esperou?).<br />
Aconteceu que percebi que o amor não é a única coisa que caracteriza os adultos
- tolice infantil- e os deveres, e os medos, e as lágrimas, e a falta de tempo
tomaram-me todo o espaço guardado com tanto afeto e mil cuidados para o meu
benzinho. Quis largar tudo por inúmeras vezes, várias mãos me foram estendidas,
e ombros, palavras confortantes, tudo menos você, meu amor. <br />
Pensei então que teria sido tudo em vão. Quanto tempo perdi nessa longa caminhada,
meus Deus! Poucos sabem o quanto foi difícil dar o próximo passo e, com
certeza, todos já perderam a conta de quantos próximos passos foram
necessários. Mas cheguei finalmente e aqui está você, de braços abertos me
esperando. Como pude não perceber sua presença a cada instante? O mais puro
amor, a mais sincera amizade, essa nossa paixão com certeza é a história mais
linda dentre todos os filmes que vi até hoje. Nosso final? Não sei, adultos se
preocupam muito com o futuro. Enquanto isso vivo o presente tatuando
diariamente em nossas vidas palavras sinceras do nosso amor.<br />
<br />
Voltei, meu bem. <br />
Eu voltei!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<i><b>Camila Oaquim</b></i></div>
Camila Oaquimhttp://www.blogger.com/profile/02995399641035722504noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-4797085306812787049.post-7327617481326828492012-02-26T13:42:00.000-08:002012-02-26T13:43:12.511-08:00Mulher<p class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-weight: normal; ">Sou mulher. Mulher desde que avistaram-me o ventre.<br />Sou mulher desde as bonecas ao salto. Do contra também.<br />Mulher travessa! Das meninices às bolas de futebol,<br />dos medos do escuro aos segredos mais preciosos.<br />Mulher com direito a dias de glória e dias de choro na cama.<br />Coisas de mulher... Não lhe garanto entendimento.<br />Mas, nos tempos modernos, ando tão mulher que me confundem.<br />Mulher também trabalha! Mulher também é independente!<br />Mulher isso, mulher aquilo... Ainda sou mulher, sabia?<br />Só que mulher na essência. Daquelas que gostam de mimos,<br />de carinhos, besteiras ao pé do ouvido. Ah, mulher!<br />Daquelas que choram de felicidade e sorriem mesmo morrendo,<br />que esperam mesmo que negando por um grande amor,<br />que se importam com datas significantes, que amam,<br />que chamam, inflamam de desejo e no ápice de tudo,<br />sim, que esperam uma aliança como prova de amor.<br />Mulher que mesmo sabendo que não se prova assim,<br />se sente provada por carregar tamanho compromisso ao dedo.<br />Sou mulher, meu bem! Não se esquece!<br />Minhas memórias, meus dedos e meu corpo esperam que se lembre.</p><p class="MsoNormal" style="font-weight: normal; "><i> Beijos saudosos, sua mulher!</i><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><b><i>Camila Oaquim</i></b></p>Camila Oaquimhttp://www.blogger.com/profile/02995399641035722504noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4797085306812787049.post-64627507315717610912011-11-15T07:31:00.000-08:002011-11-15T16:05:37.529-08:00Farpas com afeto<p class="MsoNormal"> Careta, eu? Jamais! Não acredito mais em contos de fadas não! Essa coisa de príncipe salvando a princesa com um beijo é demais para mim. Como se um beijo que a fizesse acordar mudasse tudo, coitados! Acredito no poder da aliança no dedo, no poder da cumplicidade construída dia a dia, no poder do jogo de cintura para lidar com as diferenças, acredito no santo telefone celular que ajuda a todos com aquelas mensagens nos momentos de distância, e no poder dessas acredito muito, hein!?<br /> E pra não dizerem que sou má, acredito no poder do beijo sim, mas não esse que acorda as princesas uma vez ao longo do conto pra nos salvar de um final triste, acredito no beijo de bom dia durante todas as manhãs, no beijo de boa noite antes de dormir, no beijo terno nos momentos de carinho ao longo da tarde e dos beijos famintos das noites de insônia.<br /> Careta, eu? Por acreditar que o amor ainda existe e se sustenta mesmo com a mãozinha eficaz e destrutiva da rotina? Não, simplesmente acredito que caretice é esperar por um amor a primeira vista que me arrebatará para todo sempre. Aliás, que me desculpem os românticos platônicos, mas amor à primeira vista? Ah sim, claro... amor ao corpo malhado ou à bunda bonita da pessoa desconhecida que por esses atributos lhe dará mais condições de, mesmo sendo irritante, sem papo, sem inteligência ou coisas em comum, fazer existir algum motivo pra você se manter ali.<br />Não sou careta, sou até bem moderninha! Uso celular, telefone, e-mail, msn, facebook e ainda tenho tempo de manter uma relação existente (nada contra aos relacionamentos virtuais, okay? É claro que não há nada de tão ruim e surreal assim em não poder beijar, tocar ou andar de mãos dadas pela rua com quem supostamente namoramos, não é?).<br /> Careta não, acho que não sou. Careta é acreditar em contos de fadas a vida toda, em relacionamentos ideais. É achar que brigas e lágrimas não fazem parte de um relacionamento saudável. Careta é passar boa parte da vida esperando encontrar o par perfeito pra depois fazer do casamento um contrato, que hoje em dia até prazo de validade tem, aonde o que importa é se haverá divisão dos bens ou não. Ah, meus queridos, que caretice, hein!?<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><b><i>Camila Oaquim</i></b></p>Camila Oaquimhttp://www.blogger.com/profile/02995399641035722504noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4797085306812787049.post-17112975719111211052011-10-25T15:01:00.000-07:002011-10-25T15:02:42.717-07:00HojeOntem, quando ia levantar o sono me agarrou.<br />Ontem, quando eu ia falar minha voz sumiu.<br />Ontem, quando ia sorrir, chorei,<br />Quando ia chorar me segurei.<br /><br />Ontem, quando ia te abraçar temi,<br />Quando ia confessar tremi.<br />Amanhã? Não sei... Mal saí de ontem!<br />Que medo, meu bem, que medo.<br /><br />Temo ser simplesmente o que não fui ontem.<br />Temo desaparecer no amanhã que não alcanço.<br />Temo perder você, assim, entre ontem e amanhã.<br /><br /><em><strong>Camila Oaquim</strong></em>Camila Oaquimhttp://www.blogger.com/profile/02995399641035722504noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4797085306812787049.post-1951530426482762082011-08-20T18:33:00.000-07:002011-08-20T18:34:32.386-07:00Bossa do adeusNossa cama quebrou,
<br />nosso gato fugiu,
<br />a alegria partiu, não vi mais.
<br />
<br />A parede rachou,
<br />a aliança caiu,
<br />a TV repetiu coisas de um tempo atrás.
<br />
<br />As promessas, cadê?
<br />os sorrisos, os livros
<br />e o abraço apertado, nem sei onde estão.
<br />
<br />Os olhares querendo
<br />e o corpo compreendendo...
<br />tanto tempo atrás, nem sei mais.
<br />
<br />A rotina nasceu,
<br />a briga se estendeu,
<br />estou partindo agora, até mais.
<br />
<br /><strong><em>Camila Oaquim</em></strong>
<br />Camila Oaquimhttp://www.blogger.com/profile/02995399641035722504noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4797085306812787049.post-30247088616657692352011-07-17T10:34:00.000-07:002011-07-17T10:35:01.706-07:00Meu CarinhoHoje e daqui em diante quero mil beijos e muito carinho, quero a mão do meu benzinho afagando o rosto meu. Quero os olhares mais apaixonados e o desprezo mais ousado à quem não gosta da nossa felicidade. Não, não me importo com o que vão achar, não, eu não me importo se você for chorar, meu carinho, meu amor, não me importo se depois de tudo eu conseguir lhe arrancar o sorriso mais lindo, o beijo mais apaixonado, o silêncio mais esclarecedor e a única verdade que realmente importa: o nosso amor. E deixe que digam, que pensem, que falem, deixa isso pra lá que enquanto isso eu grito pro mundo todo que você é: a minha flor, o meu bebê, o meu carinho, o meu bem-querer! Você, amor, é tudo que eu preciso pra ser feliz e eu sou feliz. E se acham que sou louca, e se acham anormal, e se acham que vou ou que vamos nos abalar com olhar torto ou questionador se enganam, e isso pouco me importa. É hoje, amor, o dia depois de ontem e antes de amanhã, o dia que vou tentar lhe mostrar mais uma vez que o que me importa, a única coisa que me importa, é você comigo.<br /><br /><em><strong>Camila Oaquim</strong></em>Camila Oaquimhttp://www.blogger.com/profile/02995399641035722504noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4797085306812787049.post-56833959305283357752011-07-06T10:54:00.000-07:002011-07-06T16:43:27.127-07:00A casa, o futuro e nósEu e você, colo de mãe.<br />Eu e você, mão de amigo.<br />Eu e você, tudo que não sei dizer.<br /><br />Fadiga incontrolável,<br />mal irremediável,<br />prazer tolo do amor preso a nós.<br /><br />Abraço apertado,<br />peito aberto e desarmado,<br />surra tomada de queixo em pé.<br /><br />Em pé, andando em frente.<br />Se atrás vem gente? Não sei!<br />Em pé e seguindo o destino<br />incansavelmente até onde der.<br /><br />E pros que não sabem: dará sempre.<br /><br /><em><strong>Camila Oaquim</strong></em>Camila Oaquimhttp://www.blogger.com/profile/02995399641035722504noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4797085306812787049.post-32823581668252267712011-06-30T19:03:00.000-07:002011-06-30T19:10:10.043-07:00Singular em PluralEu era nós, de laço forte e apertado, nós, de olhos abertos e braços dados.<br />Eu era aquilo que não se sabe, que não se decifra. Eu era tudo, tão pouco!<br />E eu me dei, emprestei, magoei. Eu sofri, calei, sorri.<br />Os nós afrouxavam, os nós se apertavam, a corda esgarçava e nós, lá, em nós.<br />E nós procurávamos, nós nos achamos, nos perdemos, e livres nos prendemos.<br />Na imensidão de opções a resposta era única, dentre nós só nós restavam.<br />E quem vai dizer que só restam males, ares ruins.<br />E quem vai dizer que ser preso não é opção, missão do sim.<br />Eu sou laço, não tão forte, não tão frouxo.<br />Mas sem preocupações, por favor. Caso ache que vou soltar, volta, voltamos, nós. Somos assim, só assim, e ninguém precisa saber diferenciar, ninguém além de nós,<br />porque em pessoa ou em amarras nos enquadramos e pronto, isso basta.<br />Eu sou aquilo que já sabemos, incógnita. Quase nada, tanto!<br /><br /><em><strong>Camila Oaquim</strong></em>Camila Oaquimhttp://www.blogger.com/profile/02995399641035722504noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4797085306812787049.post-41308208136390887602011-06-26T06:32:00.000-07:002011-06-26T06:34:03.348-07:00Hoje<blockquote></blockquote>Acordei mais eu hoje, eu acho. Algum daqueles dias que você não se contenta com a parte que lhe cabe no latifúndio e quer mais, quer ir além. No meu caso, fui à mim. Que saudade! Não tinha percebido quanta falta fazia acordar e ver o Sol invadindo o quarto, entrando pela frecha do meu cobertor e iluminando a minha vida. Nem havia percebido o meu humor que dia após dia se esvaia e que, por não perceber, não tinha como recuperar.<br />Mas era uma pedra, só mais uma dessas que ficam no meio do caminho pra que tropecemos mil vezes até fazer do tropeço algo comum ao nosso andar. Era uma pedra que hoje sumiu. Não sei se pra sempre, se por um bom tempo ou só por alguns dias, tanto faz.<br />Projeções sobre o futuro, nosso eterno projeto, hoje não me cabem, não mesmo. Se eu tropeçar amanhã, paciência, oras. Hoje, só por hoje, não vou chorar nem lamentar, me preocupar ou temer. Hoje, só hoje meu tempo será quando. Até quando não for mais. Quando? Não sei. Quando!<br /><br /><strong><em>Camila Oaquim</em></strong>Camila Oaquimhttp://www.blogger.com/profile/02995399641035722504noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4797085306812787049.post-21451448000838987892011-05-29T12:45:00.001-07:002011-05-29T12:47:54.919-07:00CriaTira minha dignidade, meu pudor,<br />as roupas do corpo, o corpo de mim.<br />Tira minha voz e minha verdade,<br />prenda minhas mãos, fica em mim.<br />Rouba meus medos, joga fora,<br />com minhas respostas desaforadas.<br />Rouba meus beijos e súplicas,<br />promete que não vai embora.<br />Me tira a moral, me joga no chão,<br />me puxa, me prende, me solta.<br />Brinca comigo, fica comigo,<br />Faz eu me sentir única outra vez.<br />Tira minha opção de partir,<br />diz que sou sua e que não posso ir.<br />Me faz esquecer que sou racional,<br />me prende em sua vida como animal.<br />Pra sempre, pra sempre, amor,<br />me cria, me cuida, pra sempre, amor.<br /><br /><strong><em>Camila Oaquim</em></strong>Camila Oaquimhttp://www.blogger.com/profile/02995399641035722504noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4797085306812787049.post-51563880256810028942011-05-29T06:54:00.000-07:002011-05-29T06:58:13.818-07:00A pedra, a embarcaçãoDesmancho-me em rio, amor<br />Em sal de pranto desfaleço.<br />Insistes que não me compadeço,<br />perceberás só quando me for?<br /><br />Forço-me em ser maleável,<br />Engulo choro, engulo tristeza,<br />esses sentimentos por natureza<br />mas o medo é inapagável.<br /><br />A ponta da faca em minha mão.<br />O cansaço das reclamações,<br />as mais mil e uma citações<br />e, enfim a faca vai ao coração.<br /><br />Se está tudo errado? não sei.<br />O tempo passa mas tudo volta,<br />pergunto-me, onde mesmo errei?<br /><br />Em mim navegam tantas frustrações<br />nesse meu rio-pranto de tantas lágrimas.<br />Talvez eu atravanque outras embarcações.<br /><br /><strong>Camila Oaquim</strong>Camila Oaquimhttp://www.blogger.com/profile/02995399641035722504noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4797085306812787049.post-86143310048755112622011-04-24T12:26:00.000-07:002011-05-04T12:56:29.903-07:00AmorO que faço?<br />Adio o ponto com vírgulas.<br />Cresço frases com adjetivos,<br />pronomes, verbos.<br />Mais substantivos, por favor!<br /><br />O que faço?<br />Escrevo compulsivamente.<br />Mudo rumos, prosas,<br />tudo pra não declarar,<br />não aceitar, acabar no fim.<br /><br />O que faço?<br />Derramar tinta dos olhos<br />nas letras sofridas do papel.<br />Começar do fim<br />a história que se enrolou.<br /><br />Eu faço!<br />Uso o meu mais fino idioma.<br />Escrevo com mais lindas palavras,<br />uso ponto e vírgula, reticencias,<br />virgulas, mas nunca ponto final.<br /><br /><strong><em>Camila Oaquim</em></strong>Camila Oaquimhttp://www.blogger.com/profile/02995399641035722504noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4797085306812787049.post-22589345741545143392011-04-07T13:58:00.000-07:002011-04-07T13:59:35.902-07:00AntagoniaEstamos a tanto tempo juntos que mudamos e, incrível, esquecemos de nos reapresentar. Prazer, pode me chamar de escada. Sim, escada. Consistente, forte, firme. Pessoa silenciosa que só responde aos seus sons emitidos nas subidas. É assim, o tempo todo sirvo pra que você se escore, pra que mesmo sem querer você suba nesse movimento ritmado e cansativo, subindo em mim, pisando em mim e me vendo, às vezes, somente como passagem pra onde quer chegar. Reclama do esforço, do peso do seu corpo sem perceber que me aguento e lhe carrego sem reclamar. Sentada em mim chora suas mágoas, em pé sobre mim comemora alegrias, às vezes me segura, às vezes me olha e fala sem recíproca as mágoas da vida. É realmente assim, seus deveres, suas vontades, seus atos e meu silêncio, e meu carregar calado e sofrido. Espero sim, meu bem, carregar ao máximo as suas vontades, fazer com que você se eleve e sorria. Espero sim, amor, ter força pra continuar sendo pisado na ferida. <strong><em>Camila Oaquim</em></strong>Camila Oaquimhttp://www.blogger.com/profile/02995399641035722504noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4797085306812787049.post-31366652567534908802011-04-01T15:10:00.000-07:002011-04-01T15:25:30.631-07:00Linguística-“Ele é um bom partido, querida.” Dizia a mãe aflita ao ver a filha rejeitar o rapaz que mais lhe agradava no meio desse leque de opções encontradas hoje em dia, principalmente em cidades grandes. <br />Partiam-se as opiniões, a mãe nervosa tomava partido da boa causa, o futuro bom da filha em jogo. A menina, por outro lado, partidava-se ao próprio querer que, depois de ter o coração partido, dizia não querer mais ninguém. <br />Constante e precisa no discurso, a menina sem nem serem necessários muitos pensamentos respondia –“se, então, ele é bom partido, que parta para alguém do partido dos carentes, não preciso de ninguém”, e como nas dores do parto a mãe sofreu, em silêncio desta vez, esperando que partisse da filha uma postura sensata. <br /><br /><em><strong>Camila Oaquim</strong></em>Camila Oaquimhttp://www.blogger.com/profile/02995399641035722504noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4797085306812787049.post-6302419166650898832011-03-25T15:30:00.000-07:002011-03-25T15:32:19.587-07:00MarianaDedico a ti a forma mais cuidadosa de amar alguém. Relembro que ter cuidado não é anular o erro. Amar é querer ter perto alguém. Em grande parte das pessoas é querer viver junto, dividir coisas poucas e cotidianas como um almoço ou uma tarde, fazer de coisas inéditas ao mundo comuns ao amado, como segredos saindo da boca com naturalidade e confiança.<br />Amar é essa vontade descabida de ter o outro, de saber do outro, de controlar o outro durante as 24 horas do dia (não por mal, é claro). É querer tanta proximidade a ponto de podermos caracterizar pela vontade de dois serem um só. É isso, meu amor, dedico a ti essa minha vontade descabida de estarmos tão perto e felizes a ponto de ser uma só pessoa.<br />Amor cuidadoso, sim. Cuidadoso pelo fato de ser tão grande a ponto de me tirar a razão às vezes fazendo o ciúme não me deixar pensar. Eu cuido, cuido ao máximo pra que possa continuar dando meus beijos e abraços e recebendo teus sorrisos e promessas de amor. Cuido pra que palavras não sejam apenas ditas, que verdades não sejam apenas jogadas, que “pra sempre” não seja apenas coisa abstrata.<br />Este amor é assim, incontrolável, forte, cultivado. É criação, dia a dia, de duas vidas em um rumo só. É texto de várias frases (e um tema), frase de vários verbos (similares), palavra de várias interpretações (mas significação única). E neste amor, de tantos prós e contras, de tanto medos e lágrimas, certezas e risos, que encontro todos os dias a razão de estar aqui. Não sei se sabes, nem sei se há como explicar, mas são mil e uma razões que levam a um único ponto, à ti.<br /><br /><em><strong>Camila Oaquim</strong></em>Camila Oaquimhttp://www.blogger.com/profile/02995399641035722504noreply@blogger.com0