Das minhas bolas de gude esqueci,
Falaram-me que agora vivo no mundo da lua.
Meu jogo de futebol à tarde,
A pesca com o meu pai nas manhãs,
Meus compromissos, minha cabeça...
Ando esquecendo por aí,
Coisas da idade, o que dizem que vivo.
Tolos, todos tolos...
Não é idade, não há idade.
Apenas encontrei uma flor,
Minha flor, só minha.
Tolos, todos tolos...
Será que não percebem que minha pesca,
Que meu futebol e minha cabeça agora são flor?
Não perdi nada, me achei e só.
Minha flor não e de época,
Não murcha nem morre.
É de beleza indescritível,
Quieta, sincera, forte.
Dia desses roubarei minha flor de vez,
Guardarei num pote e carregarei comigo.
Todos então entenderão o porquê de minha memória falha.
É que carregarei meu coração nos braços junto à flor
E, carregar por aí esse tal de amor é coisa difícil
Que nenhum futebol ou bola de gude,
Tampouco a pesca com meu pai ensinou.
Camila Oaquim.
30 julho 2010
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3 comentários:
aaaaaah que gracinha cara amei!
Gostei do título tbm, dona camila sempre falando de amooor né!
me prendeu.. *-*
Caramba... A cada dia me surpreendo com as tuas visões sobre as coisas... Ainda mais nesse que não fica explícito o eu lírico, como sempre, apaixonado... Amei! =D
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