26 fevereiro 2012

Mulher

Sou mulher. Mulher desde que avistaram-me o ventre.
Sou mulher desde as bonecas ao salto. Do contra também.
Mulher travessa! Das meninices às bolas de futebol,
dos medos do escuro aos segredos mais preciosos.
Mulher com direito a dias de glória e dias de choro na cama.
Coisas de mulher... Não lhe garanto entendimento.
Mas, nos tempos modernos, ando tão mulher que me confundem.
Mulher também trabalha! Mulher também é independente!
Mulher isso, mulher aquilo... Ainda sou mulher, sabia?
Só que mulher na essência. Daquelas que gostam de mimos,
de carinhos, besteiras ao pé do ouvido. Ah, mulher!
Daquelas que choram de felicidade e sorriem mesmo morrendo,
que esperam mesmo que negando por um grande amor,
que se importam com datas significantes, que amam,
que chamam, inflamam de desejo e no ápice de tudo,
sim, que esperam uma aliança como prova de amor.
Mulher que mesmo sabendo que não se prova assim,
se sente provada por carregar tamanho compromisso ao dedo.
Sou mulher, meu bem! Não se esquece!
Minhas memórias, meus dedos e meu corpo esperam que se lembre.

Beijos saudosos, sua mulher!

Camila Oaquim