22 fevereiro 2010

Crítica

Um salve a incoerência da decisão
A boca que diz sim, a mão que diz não
Um salve a ignorância ridiculamente velada
E a verdade punida e totalmente abandonada

Um brinde aos olhos cheios de lágrimas
E a toda má interpretação das palavras
Um brinde ao homem hipócrita e burro
E a todo mal aprendiz que se faz de surdo

Porque a tristeza demora muito a passar
Porque a saudade dói mais quando está pra acabar,
Quando é com a gente, o vilão é mais malvado
E o coração sofre como se fosse réu condenado

Porque a sinceridade é tudo que nos pedem
Porque quando usamos dela nem todos entendem
E se usarmos a ironia normalmente tão criticada,
Passaremos de sinceros para pessoas malvadas

Então, um salve a tudo o que vamos fazer
A tudo o que não vamos querer e nem iremos dizer
Então, um brinde a indiferença indiscutivelmente merecida
E a nossa vida que, agora, será muito mais bem vivida.

Camila Oaquim.

2 comentários:

cacaubertrand disse...

Não tive como não lembrar do zina! Um salve..rsrs
O texto começou legal, mas achei que os parágrafos do meio não deram continuidade ao que você queria dizer.

Abs.

B. disse...

Cara, esse é um dos mais lindos que você já escreveu. Um Salve pra Xurupita!

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